sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Negócio dos condomínios cresce à margem da Lei

Lei é omissa e está desactualizada. Empresas desonestas proliferam e há muitos casos de burla.

A administração de condomínios é um negócio em franco crescimento em Portugal. O problema é que nem todas as empresas são sérias e a Lei não separa o trigo do joio.

«A lei, além de ser omissa e vaga, está desactualizada, porque foi feita a pensar nos prédios o nde são os próprios condóminos a tratar da gestão. E essa já não é a realidade actual. Hoje em dia, as pessoas não têm tempo, ou acham que não têm capacidade para gerir sozinhas um condomínio que, por vezes, chega a ter muitas dezenas de fracções. E é cada vez mais frequente contratar-se uma empresa externa para fazer isso», refere Helena Portugal, profissional do sector e autora do livro «Bem-vindo ao Condomínio».

Veja aqui a reportagem


Com as oportunidades a crescer, foi crescendo também o número de empresas a operar no sector. «A Lei não reconhece a existência destas empresas e o que acontece é que muitas delas não cumprem sequer os requisitos mínimos», explica Helena Portugal.

Há quem desapareça com o dinheiro das quotas

O problema é que esta é uma área ainda por regular e, face à omissão da lei, proliferam empresas pouco profissionais. A DECO efectuou um estudo com 2.327 portugueses e conclui que 30% dos inquiridos estão insatisfeitos com os serviços da empresa que gere o seu condomínio. Muitos denunciam casos de administradores desonestos, que desapareceram com o dinheiro das quotas.

Mesmo sem regulação, o sector está em claro crescimento. Foi aqui que Helena Portugal viu uma oportunidade. Criou a Loja do Condomínio, um franchising de administração de condomínios, que pretende demarcar-se das empresas «de vão de escada», impondo regras de transparência.


Dicas para não se deixar enganar

Se está a pensar em contratar uma empresa, aqui ficam algumas dicas da DECO para evitar ser enganado: peça referências de empresas de condomínio na vizinhança. A reputação costuma ser um indicador fiável de qualidade. Certifique-se de que a empresa existe, por exemplo, procurando pelo nome no Instituto dos Registos e do Notariado (www.irn.mj.pt).[...]


Fonte: Agência Financeira

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