O relatório e contas de 2009 apresentado hoje pelo Conselho Geral da Ordem dos Advogados em assembleia geral foi rejeitado, como aconteceu nos anos anteriores. Os votos contra totalizaram 1192, enquanto votaram a favor 122. Registaram-se quatro abstenções. O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho Pinto, tinha afirmado à agência Lusa antes da assembleia geral que o documento só poderia ser chumbado por «má fé», admitindo já que tal acontecesse. «As contas estão bem feitas, estão de acordo com a legalidade e só quem agir de má fé é que pode estar contra este relatório e contas», argumentou. No entanto, Marinho Pinto admitiu que «isso já é um hábito em certos sectores da Ordem que não aceitaram o resultado das eleições democráticas de há três anos, nem aceitam que a Ordem se reja pelos seus estatutos».
Desde a eleição de Marinho Pinto, no final de 2007, nenhum dos orçamentos do seu mandato foi aprovado em assembleia geral. Segundo o relatório que esteve em discussão, as contas do Conselho Geral da Ordem têm «excelente equilíbrio», com um resultado positivo de cerca de 730 mil euros, que «ultrapassou em mais do dobro o resultado do exercício anterior», resultando de uma «diminuição dos custos» de 8,5 por cento em relação a 2008. As quotas, (78 por cento dos proveitos totais) apresentaram um crescimento «quase nulo», com Marinho Pinto a notar que são «das mais elevadas» das profissões liberais.
Fonte: Lusa / SOL
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