Ler o post do Ricardo fez-me recordar que alguns locais, algumas pessoas e alguns objectos têm um imenso valor na nossa vida de todos os dias.
Acredito que a Associação Juridica do Porto será relevante, para além de ser uma excelente ideia assente em fortes principios, também por estar ligada à cidade do Porto. Esta cidade não é melhor ou mais importante do que as outras: é diferente.
E é por isso que, em tempos em que tudo se vulgariza e massifica, esta cidade sofre mais do que as outras.
O Porto é uma cidade de comércio, de pessoas, de lugares, de segredos e magia em produtos únicos que chegavam de todo o mundo e daqui tão perto. Quer fosse um disco dos Pogues ou as melhores alheiras de Mirandela. Livros de todo o mundo ou hortaliça fresca.
Tal como o Ricardo, tive a honra de trabalhar ( por pouco tempo é verdade ) na Leitura, onde tive o previlégio de o conhecer. Mais tarde trabalhei na Tubitek e na Jo-jo´s, onde tive o previlégio de conhecer ZR.
Mas essa experiência de trabalho aos 20 anos serviu para conhecer um outro lado do Natal. O comércio, as vendas, as horas, o esforço.
E isso foi muito diferente de ir, aos 10 anos, ao Bazar dos Três Vinténs ( em Cedofeita ), ou aos Bazares Paris e Londres ( Sá da Bandeira ) com a minha Avó.