"Depois de comprar uma camisola, um perfume, ou até de comer uma sopa num centro comercial, já pode entrar na loja ao lado e adquirir também o serviço de um advogado.
A novidade foi ontem apresentada nas galerias Saldanha Residence, em Lisboa, e chama-se, precisamente, Loja Jurídica. Trata-se do primeiro consultório num centro comercial, aberto das 10.00 às 23.00, incluindo fins de semana, e com seis advogados sempre disponíveis. A primeira consulta custa 35 euros e tratam dos assuntos mais variados: divórcios, impugnações de despedimento, querelas de consumo, testamentos, registos... com a garantia de haver tabela de preços afixada - raro em escritórios de advogados.
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A tradição já não é o que era. Até agora, a advocacia caracterizava-se pelo seu manifesto interesse público e função social, exercida por profissionais distantes. Questionada sobre se este tipo de comercialização de serviços é compatível com aquele estatuto, Sofia de Almeida Ribeiro assegura que "a Loja Jurídica é um projecto de justiça que assenta na necessidade de servir" e afirma que também reivindica o exercício da advocacia como uma função social. "A única diferença em relação à advocacia tradicional é a maior proximidade com o público", disse.
Mas nunca ninguém imaginou poder comprar serviços jurídicos num centro comercial. Confrontado pelo DN, o bastonário da Ordem dos Advogados (OA) não tinha conhecimento de que esta loja iria surgir num centro comercial. "O que sei é através das perguntas que me está a fazer. A OA vai averiguar se a prestação de serviços e o modo de os publicitar respeitam os Estatutos da profissão e só depois é que emitirá um juízo de valor", disse Rogério Alves. "
Mas nunca ninguém imaginou poder comprar serviços jurídicos num centro comercial. Confrontado pelo DN, o bastonário da Ordem dos Advogados (OA) não tinha conhecimento de que esta loja iria surgir num centro comercial. "O que sei é através das perguntas que me está a fazer. A OA vai averiguar se a prestação de serviços e o modo de os publicitar respeitam os Estatutos da profissão e só depois é que emitirá um juízo de valor", disse Rogério Alves. "
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