A nove dias das eleições na Ordem dos Advogados, os profissionais são unânimes: a campanha está fraca, os advogados estão desinteressados e a culpa é do actual modelo da Ordem que não acompanhou as mudanças registadas na profissão, principalmente o fenómeno da massificação da advocacia – há 26 mil profissionais.“Quando eu comecei éramos dois mil advogados e, para mim, notava-se que a força da Ordem estava nos interesses dos advogados que eram comum a todos.
Hoje, os interesses dos advogados de Lisboa são diferentes dos dos advogados do Porto, Faro ou Coimbra”, diz Rodrigo Santiago, constatando que “as eleições têm vindo a perder entusiasmo”.
“Tenho uma perspectiva crítica do que tem sido a actividade tradicional da Ordem. A actual situação da profissão exigiria uma nova concepção de actividade da Ordem”, subscreve o também conhecido causídico de Aveiro, Celso Cruzeiro, sublinhando, porém, que este não é um tema que se desenvolva em poucas linhas e que merece uma reflexão aprofundada. Já João Correia, que nas últimas eleições foi candidato, é peremptório: “A Ordem não existe. Os advogados foram afastados da Ordem e agora estão a manifestar esse afastamento”.
O diagnóstico traçado pelos experientes advogados encaixa totalmente nos problemas denunciados pelos mais jovens que, em geral, “não estão motivados para participar nas iniciativas da Ordem, mesmo quando o que está em causa são as eleições”. Segundo um inquérito ontem divulgado, realizado pelo fórum dos Jovens Advogados – integrado na candidatura de Magalhães e Silva –, 64,7 por cento dos jovens advogados não se sente representado pela Ordem e 55 por cento não concorda com o seu modelo de organização e funcionamento.
“A Ordem ou se reformula completamente ou vai perecer”, prevê Rodrigo Santiago, lembrando que, “antigamente, todas as pessoas tinham opinião e hoje ninguém a tem”. João Correia, que faz questão de lembrar que foi um “empenhado militante da Ordem”, constata também que há agora um “desinteresse natural”, porque a Ordem “deixou de ser a associação dos advogados”.
Hoje, os interesses dos advogados de Lisboa são diferentes dos dos advogados do Porto, Faro ou Coimbra”, diz Rodrigo Santiago, constatando que “as eleições têm vindo a perder entusiasmo”.
“Tenho uma perspectiva crítica do que tem sido a actividade tradicional da Ordem. A actual situação da profissão exigiria uma nova concepção de actividade da Ordem”, subscreve o também conhecido causídico de Aveiro, Celso Cruzeiro, sublinhando, porém, que este não é um tema que se desenvolva em poucas linhas e que merece uma reflexão aprofundada. Já João Correia, que nas últimas eleições foi candidato, é peremptório: “A Ordem não existe. Os advogados foram afastados da Ordem e agora estão a manifestar esse afastamento”.
O diagnóstico traçado pelos experientes advogados encaixa totalmente nos problemas denunciados pelos mais jovens que, em geral, “não estão motivados para participar nas iniciativas da Ordem, mesmo quando o que está em causa são as eleições”. Segundo um inquérito ontem divulgado, realizado pelo fórum dos Jovens Advogados – integrado na candidatura de Magalhães e Silva –, 64,7 por cento dos jovens advogados não se sente representado pela Ordem e 55 por cento não concorda com o seu modelo de organização e funcionamento.
“A Ordem ou se reformula completamente ou vai perecer”, prevê Rodrigo Santiago, lembrando que, “antigamente, todas as pessoas tinham opinião e hoje ninguém a tem”. João Correia, que faz questão de lembrar que foi um “empenhado militante da Ordem”, constata também que há agora um “desinteresse natural”, porque a Ordem “deixou de ser a associação dos advogados”.
Continua in Correio da Manhã
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