sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Ciclo de Cinema Violência de Género e Maus-tratos no Teatro do Campo Alegre

A Direcção da AJP tem o prazer de convidar V. Exa. a participar no Ciclo de cinema «Violência de Género e Maus-tratos» que terá lugar nas próximas terças-feiras, dias 2 e 9 de Dezembro no Teatro do Campo Alegre, com a exibição de filmes seguidos de debate, co-organizado pela Associação Jurídica do Porto, Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, Associação Portuguesa de Mulheres Juristas e com o apoio da Medeia Filmes, com o seguinte programa:


TEATRO DO CAMPO ALEGRE


Ciclo de Cinema

Violência de Género e Maus-tratos


2 de Dezembro, 21h30

DOU-TE OS MEUS OLHOS

> um filme de Icíar Bollain

seguido de debate com

Dra. Teresa Féria, Dr. Guilherme Figueiredo, Dr. Paulo Ferreira da Cunha

Moderadora: Dra. Laura Rios


9 de Dezembro, 21h30

NINGUÉM SABE

> um filme de Kore-Eda HiroKazu

seguido de debate com

Dra. Clara Sottomayor, Dra. Adelaide Morais, Dr. Paulo Guerra

Moderador: Dr. Guilherme Figueiredo


Entrada > 3,50 euros


Org.: Pelouro da Acção Social do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados, Associação Jurídica do Porto, Associação Portuguesa de Mulheres Juristas e a Medeia Filmes


DOU-TE OS MEUS OLHOS > um filme de Icíar Bollaín

7 Prémios Goya (Melhor Filme, Realizadora, Actor, Actriz, Actriz Secundária, Argumento Original, Som)


DOU-TE OS MEUS OLHOS fala sobre a violência doméstica com inteligência e compaixão.

Jonathan Holland, Variety


Excelente é a melhor palavra para qualificar o acolhimento dado a DOU-TE OS MEUS OLHOS, o filme de Icíar Bollaín sobre a violência doméstica.

Icíar Bollaín já tinha explorado o tema da violência na curta “Amores que Matan”, mas soube a pouco. Por isso aproveitou toda a informação que recolheu para elaborar, em conjunto com Alicia Luna, o argumento deste filme, protagonizado por Laia Marull e Luis Tosar. DOU-TE OS MEUS OLHOS arranca numa noite de Inverno, quando uma mulher abandona à pressa, ainda em pantufas e com o filho pela mão, a sua casa e vai para casa da irmã. O marido não tardará a ir procurá-la e tentar convencê-la que volte. Começa a ir a sessões de terapia de grupo para controlar os acessos de fúria e ela quer dar-lhe uma segunda oportunidade, mas a violência voltará ao lar.

Icíar Bollaín aproxima-nos de tal forma da personagem, que o espectador sente o medo no corpo, tal como aquela mulher que todas as noites se interroga com ansiedade com que humor voltará o marido a casa.

Mas a cineasta escolhe sugerir e não mostrar e só deixa ver uma cena em que a violência estala, deixando desta forma que a tensão domine o filme.

E o filme não fala só da vítima, mas também do agressor. Para isso, Icíar Bollaín, depois de ter contactado com algumas das poucas pessoas que dão terapia a esses homens, recria no filme algumas dessa sessões capazes de nos arrepiar.

elmundo.es


NINGUÉM SABE > um filme de Hirokazu Kore-eda

Um filme profundamente comovedor, terrivelmente perturbador e absolutamente admirável. Resumindo, uma obra-prima.

Michel Rebichon, Studio Magazine


NINGUÉM SABE não relata um episódio que fez o espectáculo dos media, mas tenta captar para além dos sinais de degradação o imperceptível, o momento em que o mundo de quatro irmãos deixados como orfãos vacila, as amarras que se lançam, sobretudo, a capacidade regeneradora, de criar mundos alternativos, da infância.

Essa determinação, em termos formais, faz-se sob a presença serena e tutelar do classicismo japonês, do cinema de Ozu.

Vasco Câmara, Público


Um filme extraordinário.

The Hollywood Reporter


Hirokasu Kore-eda narra a história de quatro miúdos abandonados pela mãe num apartamento e que tentam sobreviver esperando o seu retorno. Fá-lo numa sábia mistura de secura objectiva e de tragédia em crescendo, mercê, sobretudo, de um argumento em que os vários fios dramáticos são exemplarmente manipulados.

Jorge Leitão Ramos, Expresso


Interpretações milagrosas. Um filme extraordinariamente humano e profundamente comovedor.

Peter Bradshaw, The Guardian


Puro e magnífico. Há imensa beleza e inteligência na forma calma da sua narrativa, que se abre de par em par, com uma inesperada e apaixonante luminosidade e sem a menor carga de morbidez, para mostrar a inominável tragédia dessas quatro crianças que foram abandonadas pela mãe.

Kore-eda olha com imensa delicadeza e ternura a vida destas quatro crianças que formam este tão insólito grupo familiar.

Ángel Fernández-Santos, El País

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