segunda-feira, 12 de junho de 2006

Acabar com o trabalho infantil

"A Organização Internacional do Trabalho quer, num prazo máximo de dez anos, erradicar o trabalho infantil nos sectores das minas e pedreiras, onde trabalham cerca de um milhão de crianças em todo o mundo, 400 mil das quais na América Latina.
Por ocasião da celebração, hoje, do Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) pediu a governos, sindicatos e empresários relacionados com o sector mineiro que unam forças para regular a actividade em minas e pedreiras desenvolvida em áreas distantes, geralmente por famílias. Se essas actividades integrassem a economia legal, a OIT acredita que as famílias deixariam de utilizar as crianças como trabalhadores, um objectivo que a organização internacional, com sede em Genebra, considera alcançável num prazo entre cinco e dez anos.
“As crianças que trabalham em minas e pedreiras arriscam a sua saúde, a sua segurança, as suas vidas estão em perigo e, portanto, é necessário tomar medidas já”, afirmou o director-geral da OIT, Juan Somavia, em comunicado.
A eliminação do trabalho infantil em minas e pedreiras artesanais beneficiará cerca de um milhão de meninos e meninas entre os cinco e os 17 anos, 400 mil das quais na América Latina, que, segundo a organização, “enfrentam situações que põem em risco a sua integridade física”. Para impulsionar os esforços contra este tipo de exploração, representantes de governos, trabalhadores e empregadores, reunidos em Genebra por ocasião da conferência anual da OIT, assinaram um acordo no qual se comprometem a trabalhar para a sua eliminação num prazo de cinco a dez anos.
Os peritos da OIT acreditam que se trata de uma meta realista, já que as crianças a trabalhar neste sector são uma minoria face aos 245 milhões de crianças trabalhadoras de todo o mundo. Destas, 179 milhões realizam actividades perigosas ou são forçadas a participar no tráfico de drogas, em conflitos armados ou a prostituírem-se, segundo dados desta agência especializada da ONU."
Fonte: O Primeiro de Janeiro

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