- O governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, afirmou que “manter um rigoroso realismo financeiro constitui tarefa do momento”. O BdP deu o exemplo, em Dezembro, ao comprar seis automóveis: três Volkswagen Passat, dois Audi A4 e um Mercedes classe E. Como o Independente noticiou, os salários da administração do BdP custam 1,5 milhões de euros anuais e o banco comprou, no último ano e meio, 26 viaturas por 1,2 milhões de euros.
- Brasileira que trabalhava num restaurante foi requisitada pelo Ministério da Justiça para tornar-se coordenadora do gabinete de logística. O cargo é válido durante três anos, garante salário de 1700 euros e dispensou concurso público. "Era a mais habilitada" garante superior hierárquico.
Neidi, como muitos outros cidadãos brasileiros, veio até à Europa à procura de melhores condições de vida. Encontrou um porto de abrigo no Sr. Bacalhau, SA, restaurante do Centro Comercial Colombo, em Lisboa. Teve a felicidade de, entretanto, se cruzar com Ernesto Moreira, director do Departamento de Administração Geral do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça (IGFPJ), que viu em Neidi qualidades para “coordenar a logística do depósito público de Vila Franca de Xira”. Estando em curso a reforma da acção executiva, juntou-se a fome com a vontade de comer: Neidi salta directamente do balcão do Sr. Bacalhau para as prateleiras do depósito público de Vila Franca de Xira. Foi o próprio director que sugeriu a Neidi que concorresse e, depois, a seleccionou, tendo entendido que “não era preciso” abrir “nenhum concurso” para o preenchimento do lugar. “Houve mais candidatos”, disse Ernesto Morais, mas a brasileira era quem estava mais habilitada a preencher o lugar: além da inequívoca experiência profissional no Sr. Bacalhau, possuía uma licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Ao contrário de outras histórias cor-de-rosa, esta terá acabado mal. O ministro da Justiça, segundo a rádio, ao ler pela manhã o Independente, terá dispensado de imediato os serviços de Neidi e do dirigente que a recrutou.
1 comentário:
As consequências da notícia da contratação da brasileira Neidi Becker provam uma vez mais como são geridos os recrutamentos para a administração pública portuguesa: com o maior desdém pelo Estado e pelos cidadãos.
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