terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Vinho do Porto: advogados abandonam julgamento em protesto contra o frio

"A maioria dos advogados do julgamento do caso de falsificação de vinho do Porto abandonou hoje à tarde as instalações do tribunal improvisado de Lamego em protesto contra a falta de condições, nomeadamente por causa do frio.
Devido à tomada de posição dos advogados, a juíza-presidente decidiu interromper a audiência e prosseguir os trabalhos amanhã, pelas 09h00, informa a Lusa.

O porta-voz do grupo de advogados em protesto afirmou aos jornalistas que o frio não lhes permite trabalhar em condições. "O dia presente passa-se sobre uma baixa e inclemente temperatura e, apesar do aquecimento instalado, tem sido muito difícil o exercício das funções de todos", disse o advogado."

Veja Aqui a notícia do Público.

Ao que acrescento, hoje de manhã tive um julgamento nos Juízos Criminais do Porto, que não é nenhum "tribunal improvisado" como o da notícia e a sala de audiência, onde aguardámos (advogados, arguidos e testemunhas) 1 hora e 45 minutos pelo começo do julgamento também estava gélida, quando no Verão é tórrida..... a elevada amplitude térmica deste tribunal ainda pode dar um "case study".

6 comentários:

Anónimo disse...

O Bolhão é horrível, então no verão desde que puseram aquelas portas blindadas, não corre uma aragem e é a melhor sauna do Porto

moicano disse...

A verdade é que os juízos criminais do Porto são eles também um tribunal improvisado há muitos anos esperando-se pela concretização da construção de um tribunal com as devidas condições. Não são só os advogados; os juízes e o Mº. Pº também passam calor e frio. Mas, madraços como alegadamente são, os juízes nem se importam.

Ricardo Salazar disse...

quantos Tribunais nesta cidade foram construídos para serem Tribunais?

E quantos Tribunais nesta cidade pertencem ao Estado?

E os que não pertencem quanto é que se pagará de renda?

Será que a crise de dinheiros na Justiça também não passa por aí?

Do ponto de vista funcional e outros existem exemplos que pautam pelo absurdo:

- O Tribunal de Trabalho do Porto ( três casas ao longo da Rua da Boavista );
- Os juizos Criminais ( como já falaram );
- Os juizos Cíveis ( qual a razão de se ocuparem aqueles dois andares do edíficio da MAPFRE por entre escritórios e todo o resto ?);

Anónimo disse...

Eu estava (e estou)lá. As condições são simplesmente surreais! Pela primeira vez um grupo grande de advogados (cerca de 70) teve coragem para tomar esta atititude! Foi bonito de se ver!
Duarte

Anónimo disse...

Os advogados querem-se rijos, e o frio enrijece. Se queriam ficar no quentinho fossem trabalhar para a Sonae ou para a FDUP.
Agora imaginem-se advogados da paróquia do Marquês... Aí é que se passa frio!!!

Anónimo disse...

Bem visto, é d'homem aguentar a geada judicial e entrar na guerra de titãs para se ser advogado da paróquia do marquês .....