segunda-feira, 2 de julho de 2007

Entrevista a João Resende Neiva

O elevado número de novos inscritos na Ordem dos Advogados é uma das preocupações do candidato a presidente do Conselho Distrital do Porto João Resende Neiva. Ainda sem um programa definido tem já ideias muito firmes sobre o que poderá ser mudado na ordem, que, “apesar de não decidir tem que tentar dar algumas respostas”, como explicou ao JUSTIÇA & CIDADANIA.

O “cada vez maior divórcio entre a ordem e os advogados” é uma das linhas de força da candidatura de João Resende Neiva. Para o que o aumento de inscritos na ordem tem contribuído grandemente, tornando-se, então, outro aspecto a focar e apontado desde já. O candidato a presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados do Porto (o segundo já oficial e de que o JUSTIÇA & CIDADANIA dá conta) lembrou que “entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2005 houve 11.500 novas inscrições”, o que equivale a “50 por cento dos advogados com inscrição activa”. Como tal, reforçou a necessidade de “delinear estratégias para os novos advogados, a quem foram criadas expectativas” e vêem um futuro difícil. Consciente que a ordem não decide, “joga com os dados que tem”, o advogado João Resende Neiva defende que este organismo tem que ”tentar dar algumas respostas”. Recorrendo a Paulo Rangel «Não temos leis, temos um processo legislativo em curso», João Resende Neiva falou do “experimentalismo” que se vive no País em termos legislativos. “Há um problema, põe-se cá fora uma lei, há outro problema, legisla-se”, sem que as leis sejam devidamente pensadas, nem testadas. A acusação ao poder legislativo pretendia chegar à falta de actuação de que acusa a Ordem dos Advogados.


Sem comentários: