quarta-feira, 19 de setembro de 2007

«Criminalidade» relacional está a aumentar

O professor de Psicologia Forense, Carlos Poiares defende a adopção de campanhas de prevenção contra aquilo que classifica de "criminalidade relacional(...). Este tipo de crimes está relacionado, segundo o especialista, "com a frustração e a intolerância à frustração nas relações afectivas". Salvaguardando o facto de não conhecer o discurso dos sujeitos em causa, Carlos Poiares aborda esta questão em termos abstractos, ao referir que "somos um país onde persiste um discurso de violência relacional".

O elevado número de casos registados nos últimos anos "deve fazer pensar", no entender do professor universitário. "Temos de acordar para isto e fazer prevenção", insiste, referindo-se particularmente ao caso registado em Coimbra, que envolveu pessoas muito jovens.

A par das campanhas de prevenção, Carlos Poiares defende, por outro lado, a necessidade de acabar com os "discursos desculpabilizantes" em relação aos agressores. Da mesma forma entende que o poder judicial deve ser inflexível na aplicação das penas. "Não se pode ceder rigorosamente nada nestes casos de violência doméstica", onde entende existir ainda "muita permissividade".

Fonte: Jornal de Notícias

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